10 janeiro, 2012

No Theatro Municipal

Quisera eu ter escrito sobre tudo aquilo que me aconteceu neste ano que passou. Não me dediquei à esta tarefa e hoje penso que é realmente uma pena não ter registrado os ocorridos. Foram tantas coisas bacanas, divertidas, interessantes... Obviamente, muitas outras foram tristes, decepcionantes, mas que nem por isso devem ser esquecidas. Eu devia tê-las registrado também.

De qualquer forma, depois de todos esse preâmbulo eu vou escrever mais um capítulo desse ano que passou, que foram as nossas idas ao Teatro Municipal do RJ.


Eu adoro ir ao Theatro (sim, este ainda é com "th"). O ambiente é delicioso, a acústica (não, não sou nenhuma especialista) é ótima e tudo me gera uma certa expectativa, uma apreensão gostosa no momento em que o apresentador introduz o espetáculo e tudo se inicia. A diversão, para mim, começa sempre antes. Quando compramos algo para comer, ainda do lado de fora do Theatro, e desfrutamos sem pressa aquele momento que antecede a nossa entrada. Pessoas indo e vindo. Gente de terno, senhoras elegantes, garotada de jeans e tênis, gente cabeluda, outros de bengala, tatuados e usando jóias. Ali cabe tudo. Que democrático. 

Obviamente nem sempre é tudo tão democrático assim principalmente ao tratarmos dos preços dos espetáculos, muito embora eu e mariDinho tenhamos ido, na maioria dos casos, em programações mais baratas. Mas algumas são caríssimas, e mesmo sentando lá em cima, com muitas cabeças na sua frente, ainda fica salgado. Assim aperta-se um pouco ali e aqui, escolhe-se com calma, abre-se mão de algumas mais caras e então conseguimos ir.

Deixe-me então descrever as nossas três idas neste ano de 2011.

1° Visita: Show do Bobby McFerrin (28 de julho)


Fomos assistir ao show juntamente com nossos amigos Henry e Suzana. Foi incrível. O cara é, de fato, um fenômeno. É de fazer chorar. Ele nos envolveu nas atividades que criou, fazendo do público um grande coral. Disse que a nossa platéia estava na média...ops...

Entretanto, na hora que abriu o espaço para perguntas eu fiquei envergonhada. Perguntas sem pé nem cabeça, tão infantis que nem o próprio Bobby (já íntima ... ) acreditava, coisas tolas, dignas sei lá de quê. Uma pena. Nós que sentamos lá em cima nem pensamos em perguntar nada... só gritando. Não havia necessidade disso...e vai que nossas perguntas fossem assim também?!? (oi!) Melhor não arriscar.

Saímos do show encantados e com fome! Fomos para São Francisco e diante de tantas opções disponíveis optamos pelo cachorro-quente da van na beira da praia. Eles comeram, eu não, (vegetariana sofre em Niterói) mas também havia comido um milho-verde (amo, pena pelos trangênicos) antes de começar o espetáculo e não estava com tanta fome assim. Ficamos naquele papo bom que só os amigos mais íntimos conseguem ter, e depois fomos embora descansar. 

2° Visita: Orquestra Sinfônica Brasileira - Festival Beethoven II - Série Ametista I  (11 de agosto )

Estávamos muito a fim de assistir a Orquestra Sinfônica Brasileira. E assim que viu o anúncio Dinho já me ligou e compramos no ingressos.com as nossas entradas.
Novamente fizemos as reservas para a galeria, local mais barato de todos. Aqui, por ser a segunda vez, já tínhamos a nossa preferência de assentos e conseguimos escolhê-los pelo site sem muita dificuldade. Porém uma boa surpresa nos aguardava. 
Estávamos lá, eu e Dinho, sentados, esperando o início do espetáculo quando um cara de terno sobe à galeria e começa a oferecer assentos na platéia. Dinho ainda não tinha visto, mas eu já havia percebido e o avisei. Ficamos observando com aquela cara de pedintes. Até que o cara olhou para nós, e Dinho perguntou e ele perguntou se queríamos. Óbvio que sim. E fomos nós, sorridentes, aproveitar um lugar com melhor visão do espetáculo, pagando bem barato por isso.

Olha onde ficamos:


Parece longe? Senta lá em cima só para ver...aqui é perto, a visão é ótima, e curtimos muito nosso passeio.
A única parte ruim foi não ter ido de carro. Na volta pegamos um ônibus para Niterói já que havíamos deixado o carro na Universidade. Pegamos um trânsito terrível e ficamos parados por quase 1:30h no engarrafamento. Muito chato. Quando chegamos a Universidade já estava fechada, mas graças a Deus o guardinha nos permitiu entrar para pegar o carro. Chegamos em casa exaustos.

3° visita: Tenor Mexicano Ramon Vargas e a pianista russa Mzia Bakhtouridze (23 de agosto)

Nós...


Esse é um dos tenores mais famosos na atualidade. Embora eu cante e Dinho toque violão não tivemos muito contato com música clássica senão por agora, quando começamos a despertar para ela. E tem sido um despertamento muito interessante. Temos aprendido muita coisa. E isso cria um certo entendimento, muda a nossa visão sobre algumas coisas, permite-nos apreciar outras beleza que não conhecíamos. Tem sido um privilégio.

O espetáculo foi emocionante, tanto pelo tenor quanto pela pianista. Gostamos bastante. Apreciamos cada pedaço. Até o intervalo. Embora estivéssemos também preocupados com o horário de ir embora, ficamos até o fim, e foi muito bom. Recomendo. 

Assim consigo cumprir esse objetivo de narrar esses episódios de nossa história. História que escrevemos a cada dia, com as nossas vivências, dois amigos, que muito se amam, e que escolheram um ao outro para viver essa vida que Deus nos deu.

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