27 dezembro, 2007

Aventuras culinárias

Tenho me aventurado na cozinha fazendo algumas coisinhas. Na verdade só gosto de fazer pratos rápidos, saborosos, nutritivos. Isto quer dizer que só cozinho coisas lights e naturais. Coisas que levem frutas, cereais, adoçante, sem gordura etc.

Obviamente isto não agrada a todos mas tenho conseguido alguns fãs por aí.

Neste Natal levei o meu bolo para a casa de minha avó e muitas pessoas gostaram. Meu ibope em casa é pequeno mas eu faço este bolo para mim mesma, pois adoro e meu organismo se sente muito bem comendo essas coisas.

Esta mudança de hábito alimentar tem sido fantástica em minha vida. Minha pele tem melhorado, até meus cabelos e eu me sinto mais disposta.

Tenho evitado carnes, não totalmente, mas sempre que possível troco a proteína animal por outras. Soja, leite etc. Muito melhores. Pesam menos no estômago e fazem muito bem.

Também tenho aprendido muito sobre os alimentos funcionais e tenho aplicado muitas coisas em minha vida. Aos poucos mariDinho tem se adaptado. E é bem legal. Ele tem evitado algumas coisas e eu fico feliz quando o vejo fazendo isso.
Hoje em dia ele adora caminhar comigo, não se importa com a minha alimentação, e segue até algumas sugestões, desde que eu não tente obrigá-lo. Senão ele briga!

Comprei uma mesinha linda para a cozinha. Em casa postarei uma foto sobre ela.

Canelas...

Mudando um pouco de assunto hoje queria falar sobre as minhas canelas. Elas estão roxas e feridas por conta do boxe.


Tenho treinado toda a semana, duas vezes, e por conta dos chutes nos sacos elas tem ficado muito feias, cheias de hematomas. Nem parece de mocinha. Mas enfim, lutar me faz tão bem que compensa as marcas.


Depois com o tempo elas somem!!!


Tenho que comprar um protetor de canelas. Mas também tenho que ter luvas e a atadura que foram levadas junto com o carro. Então elas ficarão em segundo plano pois tenho zilhões de prioridades.


Quem se habilita a me dar de presente???

Algum dos meus 5123 leitores??


10 dezembro, 2007

Dias escuros sobre a terra - Parte 4

Entretanto alcançar essa dissociação é, aos meus olhos, praticamente impossível. Nossa natureza está intrinsecamente relacionada a nossa existência nesta terra. Queremos viver, e viver para sempre. Queremos ter coisas, ter objetivos e alcança-los. Queremos amar, e usufruir de tudo que essa terra tem a oferecer. A distância que se estabelece entre o homem natural e o espiritual é tão grotesca que as vezes fica difícil acreditar nesta possibilidade de pensamento. É complicado entender tudo isso e viver de acordo com essa compreensão.

Então vi toda a obra de Deus, que o homem não pode
perceber, a obra que se faz debaixo do sol, por mais que trabalhe o homem para a
descobrir, não a achará; e, ainda que diga o sábio que a conhece, nem por isso a
poderá compreender.
E lendo tudo isso conclui que existem coisas que entendemos, outras não mas que num caso ou noutro podemos aguardar em Deus a salvação, o consolo e o sacio de nossas necessidades mais profundas.

Gostaria de hoje, aqui, publicamente ( ou nem tanto considerando que três pessoas lêem esse blog..!!) fazer das palavras de Davi as minhas. ( Em II Sm 22:3-)

E FALOU Davi ao SENHOR as palavras deste cântico,
no dia em que o SENHOR o livrou das mãos de todos os
seus inimigos e das mãos de Saul.
Disse pois: O SENHOR é o meu rochedo, e o
meu lugar forte, e o meu libertador.
Deus é o meu rochedo, nele confiarei; o
meu escudo, e a força da minha salvação,

o meu alto retiro, e o meu refúgio.
Ó meu Salvador, da violência me salvas.
O SENHOR,
digno de louvor, invocarei, e de meus inimigos ficarei livre,
Porque me
cercaram as ondas de morte;

as torrentes dos homens ímpios me assombraram.
Cordas do inferno me cingiram; encontraram-me laços de morte.
Estando em
angústia, invoquei ao SENHOR, e a meu Deus clamei;

do seu templo ouviu ele a minha voz, e o
meu clamor chegou aos seus ouvidos.

O Senhor viu o nosso sofrimento e medo naquele momento. E eu fico pensando que reboliço este fato causou nos céus porque como me disseram, Deus é um Deus ciumento. Talvez no nosso caso não houve tanta fúria como esta descrita aí embaixo, afinal Davi era Davi e nós...bem, somos nós. Mas eu creio que pelo amor que eu sinto que Ele sente por nós houve uma grande movimentação sim.


Então se abalou e tremeu a terra, os fundamentos dos céus
se moveram e abalaram, porque ele se irou.
Subiu fumaça de suas narinas, e
da sua boca um fogo devorador; carvões se incenderam dele.
E abaixou os
céus, e desceu; e uma escuridão havia debaixo de seus pés.
E subiu sobre um
querubim, e voou; e foi visto sobre as asas do vento.
E por tendas pôs as
trevas ao redor de si; ajuntamento de águas, nuvens dos céus.
Pelo
resplendor da sua presença brasas de fogo se acenderam.
Trovejou desde os
céus o SENHOR; e o Altíssimo fez soar a sua voz.
E disparou flechas, e os
dissipou; raios, e os perturbou.
E apareceram as profundezas do mar, e os
fundamentos do mundo se descobriram; pela repreensão do SENHOR, pelo sopro do
vento das suas narinas.
Desde o alto enviou, e me tomou; tirou-me das muitas
águas.
Livrou-me do meu poderoso inimigo, e daqueles que me tinham ódio,
porque eram mais fortes do que eu.
Encontraram-me no dia da minha
calamidade; porém o SENHOR se fez o meu amparo.
E tirou-me para um lugar
espaçoso, e livrou-me, porque tinha prazer em mim.

Não posso dizer ao certo se o Senhor tem se agradado de nossa vida nesta terra. Temos nos esforçado mas sei que ainda estamos longe da vida de dependência que Ele quer de nós. Talvez para abrirmos os nossos olhos Ele tenha permitido tudo isso, talvez para nos livrar de um mal muito maior, talvez por nada dessas coisas mas de qualquer forma isso me fez perceber que de mim Ele quer mais. Ele quer as minhas prioridades. Ele me quer muito mais do que eu tenho dado. Ele quer o meu coração e os meus pensamentos e meus objetivos, e minha família e minha casa, o que como e bebo, aquilo que estudo ou trabalho. Ele me quer. Quer as minhas 24 horas não importando onde esteja ou o que faça.


Porque tu, SENHOR, és a minha lâmpada; e o SENHOR ilumina
as minhas trevas...
Deus é a minha fortaleza e a minha força, e ele
perfeitamente desembaraça o meu caminho.


Sim, é Ele quem pode me esclarecer os mistérios dessa vida e as minhas trevas emocionais pode iluminar. Em se tratando de meu caminho nesta terra é Ele quem tem o poder da decisão e o conhece antes mesmo que eu pudesse traça-lo.
Faz ele os meus pés como os das cervas,
e me põe sobre as minhas alturas.
Instrui as minhas mãos para a peleja,
de maneira que um arco de cobre se quebra pelos meus braços.
Também me deste o escudo da tua salvação,
e pela tua brandura me vieste a engrandecer.
Alargaste os meus passos debaixo de mim,
e não vacilaram os meus artelhos.
Porque me cingiste de força para a peleja;
fizeste abater-se debaixo de mim os
que se levantaram contra mim,

Vive o SENHOR, e bendito seja o meu rochedo; e exaltado seja
Deus, a rocha da minha salvação,Por isso, ó SENHOR, te louvarei entre os
gentios, e entoarei louvores ao teu nome.

Dias escuros sobre a terra - Parte 3

Vou responder com o texto de Eclesiastes que para mim tem sido tão esclarecedor, tão profundo e ao mesmo tempo tão simples que chego a me assustar com a sabedoria que dele provem:

Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal;
e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.
Porque para todo o propósito há seu tempo e juízo;
porquanto a miséria do homem pesa sobre ele.
Porque não sabe o que há de suceder, e quando há de ser,
quem lho dará a entender?
Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para o reter;
nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte;
como também não há licença nesta peleja;
nem tampouco a impiedade livrará aos ímpios.

Então não há descanso nesta batalha diária e assim o é por conta do homem caído, cheio de maldade e pecado em seu coração. Essa natureza é imutável, sendo atingida apenas pelo poder de Deus que opera maravilhas e é capaz de alcançar a divisão da alma e espírito. Sendo assim não temos poder sobre a vida nem sobre a morte. Nem nossa, nem de ninguém. Ainda que eu mate alguém, ou pela minha sabedoria consiga trazer vida ao que morreu, não há em mim o poder de operar essas coisas. Deus o permitiu e eu responderei pelo que fiz. Pronto.

Mas ainda outros questionamentos surgem e um deles é o porque desta permissão de Deus. Porque tanta maldade. Para isso também encontro consolo.

Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra,
por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.
Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem,
contudo eu sei com certeza, que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temem diante dele.
Porém o ímpio não irá bem, e ele não prolongará os seus dias, que são como a sombra;
porque ele não teme diante de Deus.
Ainda há outra vaidade que se faz sobre a terra:
que há justos a quem sucede segundo as obras dos ímpios,
e há ímpios a quem sucede segundo as obras dos justos.
Digo que também isto é vaidade.
Então louvei eu a alegria,
porquanto para o homem nada há melhor debaixo do sol do que comer, beber e alegrar-se;
porque isso o acompanhará no seu trabalho nos dias da sua vida que Deus lhe dá debaixo do sol.
Aplicando eu o meu coração a conhecer a sabedoria,
e a ver o trabalho que há sobre a terra
(que nem de dia nem de noite vê o homem sono nos seus olhos);

Continuando no texto podemos ver o seu final que também é a minha conclusão diante de todas essas coisas. Em se comparando a minha vida a todo o propósito de Deus para esta terra, da implantação de Seu reino e salvação da humanidade, percebo que não sou nada. Sou um instrumento que deve estar disposto a abdicar de sua própria existência para ver efetuado os planos de seu Senhor.

Dias escuros sobre a terra - Parte 2

Então eu cheguei a conclusão que foi muito bom permanecermos vivos. Entendi que Deus ainda nos quis por aqui por um instante de tempo que pode terminar a qualquer momento. Percebi a urgência de realizar o propósito do Senhor em minha vida porque cedo pode ser o dia que comparecerei diante d’Ele prestando conta dos meus feitos.

Conclui também que Deus está as portas porque estar feliz apenas por ter sobrevivido enquanto o ladrão saqueou todos os seus bens é pouco demais. É uma existência miserável viver em função do medo e do que pode ou não pode. Ir ali depois das 21:00? Não mesmo. Comprar este modelo de carro? O que isso, é o mais roubado!

A sociedade inventa tantas coisas novas, modernidades que facilitam a vida e eu fico pensando, para que isso tudo. Para quê uma tv portátil para assistir no ônibus se não se pode usa-la? Para quê um carrão modernoso se o motorista morre de medo, tem que blindar, fazer curso de direção defensiva, não pode parar no sinal de trânsito e tantas outras neuroses? Vale a pena?

Também o outro compra um carro popular, paga em milhões de parcelas e ainda sim levam o carro. Outra vez pergunto: vale a pena?

Então voltamos a minha questão central no meio de todo esse turbilhão que me atingiu. O que realmente vale a pena fazermos nesta vida, neste tempo concedido a nós debaixo do sol?

Dias escuros sobre a terra - Parte 1

O que fazer quando sua vida está depositada nas mãos de pessoas que não se importam com ela? Como reagir quando apontam uma arma para a sua cabeça?

“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus,
nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e
o seu coração insensato se obscureceu.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem
de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações,
à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;
Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais
a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.
Por isso Deus os abandonou às paixões infames..” (Rm 1:20)


Nunca se espera passar por uma situação dessas. Nós assistimos os noticiários, pessoas morrendo, outros matando, cenas brutais de uma realidade mundial. Uns lugares melhores, outros piores mas a maldade é cotidiana. E não têm escolhido entre pobres e ricos. Só muda o tipo, o movimento, a ação, mas a motivação do coração é sempre a mesma.

Sofremos um assalto. Eles vieram, nos apontaram a arma, gritaram para que descêssemos e abandonássemos tudo que era nosso, entraram no carro e foram embora. Levaram o veículo, as bolsas, os tênis novos, a calculadora cara, o mp3, os cd’s e o muito mais. Não apenas isso. Levaram nosso conforto, levaram a nossa rotina e assim mexeram com as nossas vidas.

Sim, obviamente estamos muito felizes por estarmos vivos. Estamos satisfeitos pois eles não nos tocaram, não abusaram apenas pegaram tudo e foram embora. APENAS?

Foi esse o questionamento que me veio a cabeça e que permeou meus pensamentos por um bom tempo. Porque os dias são maus temos que nos contentar em estarmos vivos. Fomos poupados. Este é um sentimento tão ambíguo. Poupados de morrer? Eu cheguei até a pensar que mortos estaríamos melhor. Estaríamos com o Senhor e não haveria mais com o que nos preocuparmos. Depois eu pensei que apenas um poderia ter morrido e assim a dor da perda é inimaginável e eu parei de pensar nisso porque só de escrever isso aqui já me dói o coração.