29 julho, 2011

Então tá!

Sendo vegetariana, me interesso muito pelas questões relativas à alimentação. Procuro me alimentar bem, evito produtos químicos e busco comer tudo aquilo que for mais natural possível.

Já comi em excelentes restaurantes vegetarianos. Já estive em cidades/países, como Londres, em que comi tão bem que parecia estar vivendo em um sonho. Havia produtos orgânicos em todos os lugares, os preços eram compatíveis aos demais produtos. SEMPRE havia uma opção vegetariana e vegan, não importando onde em estivesse. Foi incrível. 

Entretanto onde moro não há uma opção, uma sequer, em toda a cidade, de produto vegetariano, orgânico, natural, ou qualquer outro nome que você queira dar.

Na minha família ninguém é vegetariano, e as vezes cansa se a diferente, muito embora, nos demais aspectos da vida cotidiana, eu tenha sido sempre diferente das outras pessoas ao meu redor. Falando de roupa, de estudos, de comportamento, eu sempre era do contra...rs....

Bem, eu gostaria muito de ter mais companhia nessa minha caminhada. Mas enquanto isso não acontece, eu tento mostrar que as comidas saudáveis não são ruins, e podem ser ainda melhores do que toda a gordurada que a família costuma ingerir.

O problema é que sou péssima cozinheira. Daquelas que queimam os pratos, derramam, salgam de menos, deixam sem açúcar, essas coisas todas... Eu me esforço, mas sei que não tenho o talento natural, e isso implica em um esforço extra, o que nem sempre é possível, dado o fato que trabalho e estudo em tempo integral. Mas, esta semana, como disse no post anterior, fiquei três dias em casa e aproveitei para me aventurar nos pratos que tinha interesse em tentar.

Na segunda recebi uma visita muito querida, de uma amiga que eu não conversava há tempos. Foi um momento muito especial para nós duas. Então resolvi fazer um bolo integral de banana e um pão de queijo (sem queijo). Eu ainda não sou vegan, mas quero me tornar, hoje sou ovo-vegetariana. Não consumo leite nem queijos. Mas o pão de beijo (receita do Universo Orgânico) não leva nem ovos, e eu prefiro ainda mais. 
Para minha surpresa ambos ficaram excelentes. A minha amiga comeu bastante e gostou muito. Levei para minha mãe que também elogiou e até mariDinho gostou.

Na terça íamos sair a noite, então não me aventurei em nada.

Na quarta foi um dia muito especial. MariDinho colou grau da Universidade e eu fiquei muito, muito emocionada. Estou tão orgulhosa dele. Onde ele chegou, de onde ele saiu. Puxa, é uma honra poder acompanhá-lo nesta jornada. Eu me sinto tão especial ao lado dele... Pois bem, fiz uma torta de batata e palmito para comemorar e ainda fiz aipim no forno, que ficou uma delícia. Tudo para ele saber o quanto era especial para mim o dia hoje. E pelo jeito ele gostou bastante. Foi ótimo.

Ontem eu trabalhei e cheguei em casa 23:30. Então não deu para tentar nada. E hoje, estou aqui pensando o que eu poderia fazer. Ainda não tive nenhuma ideia. Estou com poucos ingredientes. Vamos ver o que o dia de hoje nos reserva....

Estar em casa...

Ultimamente este tem sido um privilégio para poucos. Quando releio meus posts antigos percebo o quanto eu sempre desejei ter tempo para fazer coisas que realmente me interessavam. Como a rotina do trabalho, com seus horários definidos me incomodavam e restringiam a minha capacidade criativa.

Hoje tenho o privilégio de trabalhar em um tipo de emprego que me permite uma maior flexibilidade. Eu chamo isso de privilégio sim. Posso, como hoje, estar em casa e desfrutar um pouco de tudo aquilo que batalhei muito para conseguir. Olho para trás e vejo que Deus foi perfeito no tempo e no espaço. Eu estou hoje onde eu deveria estar. Sei que foi Deus quem fez isso, e estou feliz.

O Senhor é a porção da minha herança e do meu cálice; tu sustentas a minha sorte. As linhas me caem em lugares deliciosos: sim, coube-me uma formosa herança. Louvarei ao Senhor que me aconselhou; até os meus rins me ensinam de noite. Tenho posto o SENHOR continuamente diante de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei. Portanto está alegre o meu coração e se regozija a minha glória; também a minha carne repousará segura. (Salmo 16) 

27 julho, 2011

Comparação

"Comparison is a thief of joy"

Essa frase tem permanecido em meu pensamento durante muitas semanas. E tem me feito muito bem pensar nela. Como nos mantermos a salvo da comparação com o outro? Como compreender que bastaria ser aquilo para o qual fomos criados que já alcançaríamos a satisfação plena?

D-us designou para nós um talento, um dom, uma característica, que é tão individual que mesmo gêmeos não são completamente iguais. Que bom que temos sempre algo que nos diferencia. Por outro lado como é cruel a máquina de comparação da sociedade.

Temos que ser magros, de olhos azuis, loiros, esguios, inteligentes, brilhantes, pró-ativos, pais, mães e filhos excepcionais, sexies, humildes, corajosos... Ter que ser, por obrigação é tão doloroso que mata. Mata a individualidade, mata a criatividade, mata a felicidade e enterra a vontade de viver.

As revistas apontam ideais, e a cada dia esses ideais morrem em suas tristezas, mas ainda continuamos a idealizá-los, pondo-os em pedestais como se fossem a perfeição humana.

Por isso Comparação é um ladrão da alegria. A mídia vende uma proposta de vida tão surreal quanto comer um salgado na rua sem gordura...

Muitas vezes não precisamos de mídia. Comparamo-nos com o amigo, vizinho, colega de trabalho, e frustamo-nos, porque ao que parece, a vida do outro é muito melhor do que a nossa. Porque enxergamos neles uma beleza e uma inteligência que nos falta. Será que é isso mesmo?

Aprenderemos um dia que a nossa beleza e juventude é aqui e agora. Que o que temos é especial e único e é por isso que precisamos ser gratos. Que nos comparar com o outro nos coloca numa perspectiva inadequada, porque é injusto. Cada um tem uma história, uma vivência, suas prioridades, e pôr tudo isso em uma balança não é certo, pior, é cruel.

Então, o esforço é para compreender que há um grande propósito em ser como somos, em ter o que temos. Não é resignação, é aceitação. Seja o melhor de você. Cuide-se, ame-se, respeite-se...

Eu li em um blog essa frase, e termino com ela:  "[...] what we have is what God has given us, and it is just right. For who He intends us to be, and for the specific aspect of His beauty He wants to display through us."