10 dezembro, 2007

Dias escuros sobre a terra - Parte 3

Vou responder com o texto de Eclesiastes que para mim tem sido tão esclarecedor, tão profundo e ao mesmo tempo tão simples que chego a me assustar com a sabedoria que dele provem:

Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal;
e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.
Porque para todo o propósito há seu tempo e juízo;
porquanto a miséria do homem pesa sobre ele.
Porque não sabe o que há de suceder, e quando há de ser,
quem lho dará a entender?
Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para o reter;
nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte;
como também não há licença nesta peleja;
nem tampouco a impiedade livrará aos ímpios.

Então não há descanso nesta batalha diária e assim o é por conta do homem caído, cheio de maldade e pecado em seu coração. Essa natureza é imutável, sendo atingida apenas pelo poder de Deus que opera maravilhas e é capaz de alcançar a divisão da alma e espírito. Sendo assim não temos poder sobre a vida nem sobre a morte. Nem nossa, nem de ninguém. Ainda que eu mate alguém, ou pela minha sabedoria consiga trazer vida ao que morreu, não há em mim o poder de operar essas coisas. Deus o permitiu e eu responderei pelo que fiz. Pronto.

Mas ainda outros questionamentos surgem e um deles é o porque desta permissão de Deus. Porque tanta maldade. Para isso também encontro consolo.

Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra,
por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.
Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem,
contudo eu sei com certeza, que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temem diante dele.
Porém o ímpio não irá bem, e ele não prolongará os seus dias, que são como a sombra;
porque ele não teme diante de Deus.
Ainda há outra vaidade que se faz sobre a terra:
que há justos a quem sucede segundo as obras dos ímpios,
e há ímpios a quem sucede segundo as obras dos justos.
Digo que também isto é vaidade.
Então louvei eu a alegria,
porquanto para o homem nada há melhor debaixo do sol do que comer, beber e alegrar-se;
porque isso o acompanhará no seu trabalho nos dias da sua vida que Deus lhe dá debaixo do sol.
Aplicando eu o meu coração a conhecer a sabedoria,
e a ver o trabalho que há sobre a terra
(que nem de dia nem de noite vê o homem sono nos seus olhos);

Continuando no texto podemos ver o seu final que também é a minha conclusão diante de todas essas coisas. Em se comparando a minha vida a todo o propósito de Deus para esta terra, da implantação de Seu reino e salvação da humanidade, percebo que não sou nada. Sou um instrumento que deve estar disposto a abdicar de sua própria existência para ver efetuado os planos de seu Senhor.

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