10 dezembro, 2007

Dias escuros sobre a terra - Parte 1

O que fazer quando sua vida está depositada nas mãos de pessoas que não se importam com ela? Como reagir quando apontam uma arma para a sua cabeça?

“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus,
nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e
o seu coração insensato se obscureceu.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem
de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações,
à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;
Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais
a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.
Por isso Deus os abandonou às paixões infames..” (Rm 1:20)


Nunca se espera passar por uma situação dessas. Nós assistimos os noticiários, pessoas morrendo, outros matando, cenas brutais de uma realidade mundial. Uns lugares melhores, outros piores mas a maldade é cotidiana. E não têm escolhido entre pobres e ricos. Só muda o tipo, o movimento, a ação, mas a motivação do coração é sempre a mesma.

Sofremos um assalto. Eles vieram, nos apontaram a arma, gritaram para que descêssemos e abandonássemos tudo que era nosso, entraram no carro e foram embora. Levaram o veículo, as bolsas, os tênis novos, a calculadora cara, o mp3, os cd’s e o muito mais. Não apenas isso. Levaram nosso conforto, levaram a nossa rotina e assim mexeram com as nossas vidas.

Sim, obviamente estamos muito felizes por estarmos vivos. Estamos satisfeitos pois eles não nos tocaram, não abusaram apenas pegaram tudo e foram embora. APENAS?

Foi esse o questionamento que me veio a cabeça e que permeou meus pensamentos por um bom tempo. Porque os dias são maus temos que nos contentar em estarmos vivos. Fomos poupados. Este é um sentimento tão ambíguo. Poupados de morrer? Eu cheguei até a pensar que mortos estaríamos melhor. Estaríamos com o Senhor e não haveria mais com o que nos preocuparmos. Depois eu pensei que apenas um poderia ter morrido e assim a dor da perda é inimaginável e eu parei de pensar nisso porque só de escrever isso aqui já me dói o coração.

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