01 novembro, 2007

Feriadão

Pois é, o feriadão chegou. E eu ainda estou aqui no trabalho. Tenho que chegar na Universidade as 18:30. São exatamente 18:11. Considerando que eu tenho que passar pelo flamengo, ponte e niterói imagine se vou conseguir...
Isso tudo porque o professor resolveu dar aula na véspera do feriado. Sinceramente? Para que isso? Não entendo porque ele fez questão disso. Disse que chegaria muito atrasada. E ele disse, ok. Podia ter me liberado então...mas não quis. Poderia ter dito, puxa minha filha, como você trabalha longe pode pegar a matéria depois com seus colegas. Mas não, preferiu fazer isso comigo. É muita chateação.

Enfim, hoje no trabalho também foi complicado. Mudanças de layout atrapalhadas, falta de energia, problemas nos equipamentos de ar condicionado e chefe falando mil palavrões na minha orelha. Eu digo orelha mesmo porque no meu ouvido eu não deixei entrar. Entrou pela orelha, rebateu e saiu. E pronto.

Fiz exames médicos hoje e a doutora disse que a minha frequência cardíaca é muito baixa. Meu coração bate devagarzinho. Isso é bom porque ele se cansa menos para me deixar viva. E que talvez eu viva mais. Como se isso fosse alguma garantia. Só Deus determina o meu tempo nesta terra. O fôlego que ainda me resta, a força em meus braços. Hoje estou aqui e imediatamente posso deixar de estar. Por isso temos que ter uma consciência acima dessas coisas da terra. Não são elas que podem determinar os nossos comportamentos. Não são as certezas e incertezas dessa vida que podem estabelecer o meu padrão de vida. Não mesmo. A palavra do Senhor diz, em Jeremias 40, que o Senhor tem para nós uma esperança e um futuro. Esta palavra veio para mim como um bálsamo delicioso que me alimentou quando eu estava faminta.

Enquanto estava escrevendo esta mensagem uma pessoa da limpeza aqui do prédio me chamou. O banheiro estava vazando água até o corredor e ela veio para ver o que estava acontecendo. E
eu não acreditei no que eu estava vendo. A mulher, se é que podemos chamar assim, pegou TODO, o papel da papeleira e jogou dentro do vaso. E deu várias descargas até que inundasse tudo até o corredor. Porque uma pessoa que, julgamos ter educação, faria uma coisa como essa?
Não dá para entender realmente.
Fiquei olhando aquilo tão desapontada. Tão triste. Tão chateada com a vida.
E ainda fiquei com pena da menina da limpeza. Coitada, obrigada a limpar a falta de educação do outro. Cheio de dignidade, dá um banho de profissionalismo em muitos empresários, graduados, pós graduados e pós pós que conheço. Ela, humildemente se resignou e fez o seu trabalho escondendo a sujeira dos ricos e engomados.

Diante de tudo isso não posso fazer mais nada do que lamentar....

Nenhum comentário: