08 abril, 2006

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Não gosto de falar palavrões. Fu criada sem ouvi-los. Não se falava palavra feia perto de mim. E eu não podia pronunciá-las. Durante a adolescência, com toda a rebeldia que lhe é peculiar eu falava. Escondido, baixinho e com vergonha. Mas achava legal.

Eu entendia que combinava, em algumas frases, as tais palavras proibidas. A frase que eu achava perfeita era: Nossa, o cara é um p* profissional! ou Pô, ontem a banda deu um p* show!

Mas mesmo assim na frente dos meus pais eu não falava. E quando estava longe deles não flava naturalmente. Era mais para me enturmar. Ser igual aos demais. Fazer piadinhas (que eu sempre fui boa!)

E depois que me converti aboli toda e qualquer palavra do gênero no meu vocabulário. "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe".

E agora, muitos anos depois, já casada, formada e the like, meu chefe vem com essa história. Como eu posso mandar sem falar palavrão? Como os peões vão me respeitar se eu não falar a palavra certa na hora exata? Tenho que ter comando e este envolve soltar uns P*Q*P*, M*, F* e por aí vai. Disse a ele que não. Não tem necessidade. Posso ser exigente e ter voz de comando sem baixar o nível. Ele não acredita. Disse que o impacto causado por um palavrão saindo da minha boca valerá mais do que mil palavras. Mas eu não abro mão e não farei isso para agradá-lo. Sou uma profissional e não preciso desses argumentos para provar o meu valor.

Um comentário:

Anônimo disse...

É isso mesmo... é muito melhor agradar ao Senhor do que agradar ao chefe!!! hehehehe
E Deus sempre vai nos ajudar a ter voz de comando sem precisarmos pronunciar palavrões...

Bjs,
Te amo muito!!!
DINHO