28 maio, 2007

Nós sentimos muito sua falta!

É muito ruim lidar com as frustrações. Saber que o que se espera não é mais. E talvez nunca volte a ser.

EU SOU UMA PESSOA COMUM. Não esperem mais do que isso de mim. Por que será que todos insistem em pensar que eu sempre serei perfeita, educada, agradável e amável? Tem horas que há pressão por todos os lados e eu sinto que vou sucumbir. Depois, quando penso que acabou, zum, começa tudo outra vez.

Eu entendo tudo que eles falaram. Eu entendo as solicitações e as feridas. Mas não consigo parar de pensar como as pessoas podem ser egoístas. Alguém se perguntou o que eu sinto no meio disso tudo? Alguém parou para pensar que eu mal tenho tempo para mim antes de exigir que eu me lembre de telefonar, perguntar sobre a vida, ser a melhor amiga? Sinceramente acho que nunca conseguirei atingir a todas estas expectativas. Acho que eu nunca serei esse tipo de pessoa que esperam de mim. Eu sempre vou esquecer os aniversários. Sempre. Já tentei todas as estratégias possíveis. Talvez a mais sincera verdade seja que eu não me importo. Talvez não.

Eu havia pedido para sair. Por isso mesmo. Não podia suprir todas estas necessidades. Não tinha tempo nem para mim. Mas acharam que não. Acharam que podiam quebrar o galho. E mais uma vez, nesta semana, fiquei com toda a culpa.

Não quis me justificar pois como eu disse, entendo o que elas estão passando. Doeu ouvir tudo aquilo e saber que fui responsável por tanto sofrimento. Eu sempre me preocupei com elas. Eu sempre sofri pensando em minha negligência. Mas também nunca escondi de ninguém a minha dificuldade em lembrar aniversários, em ligar no meio da semana. Será que alguém parou para pensar que eu acordo as 5:00 e durmo as 00:00 ou até mais todos os dias? Ou de que também tenho minhas necessidades emocionais? Ou que eu tenho uma doença que me deixa cheia de dores no corpo? Ou que eu tenho um marido lindo que mal vejo? Ou uma família que mora longe?

As pessoas me encontram e vão despejando seus problemas, suas dores, buscando ajuda. Mas nunca perguntam como eu estou ou qual é a minha necessidade. Puxa vida.
Em todas as fases da minha vida foi assim. Sempre fui uma boa ouvinte e talvez por isso, tenha sido tão minimamente ouvida.

Sei também que Deus tem um chamado para a minha vida que é de cuidar das almas doentes. Sempre amei fazer isso, talvez por isso no início eu tenha me dedicado tanto. Entretanto eu estou muito cansada. Muito cansada mesmo. Estou a beira de um colapso. Ando nervosa, não durmo bem. Estou frustrada neste trabalho.

Mas eu sei que o meu Redentor vive e todavia me alegrarei no Senhor. Apesar de todas estas coisas eu sei que o meu Deus é fiel. Preciso aprender a olhar por uma outra perspectiva.

Os acontecimentos de ontem foram muito bons para isso. O que será que Deus quer para mim? Qual o Seu propósito eterno?

Eu preciso aprender a estar disponível para o Senhor. E também para mim. Eu preciso parar. Eu preciso ser eu. Eu quero é ser feliz.

E também, quer saber? Enchi o saco.

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