13 março, 2006

Tumulto

Hoje saí de casa as 6:00. Peguei o ônibus até o centro afim de pegar o outro para o RJ. Cheguei neste ponto as 6:40. E esperei, esperei. Quando enfim veio o ônibus, ele estava lotado e eu desisti. Ir em pé de Niterói ao RJ não dá. Então, 20 minutos depois veio outro ônibus que, aparentemente, estava vazio. O motorista, caridoso parou o ônibus na minha frente e eu pensei: Beleza, vou sentada. Que nada, pura ilusão. Veio uma senhora, com uma B* maior do mundo, me empurrou e subiu. Bem, só havia um lugar vago e obviamente foi ocupada pela B* mal-educada.
Foi aí que tive a brilhante idéia de sentar nos degraus por onde descemos. Afinal, ninguém desce antes da ponte e eu ficaria um bom tempo descansada. Imaginem a cena. Eu de terninho, sentada no chão! Só quem me conhece pode crer nisso.

Como o que está ruim sempre pode piorar e a Lei de Murphy não falha, dois pontos depois meu ônibus pára recebendo as pessoas de um outro ônibus que havia quebrado (aquele primeiro que eu disse estar abarrotado de gente.). Eu, esperta que sou, não me levantei das escadas, apenas cheguei para o lado para dar espaço para as pessoas entrarem (todos entraram pela porta dos fundos) e foi aí que eu errei.

Ao dar espaço não contava que as pessoas invadiriam o ônibus na ânsia de pegá-lo a qualquer custo para não chegarem atrasadas no trabalho. E não imaginei que por conta disso eles não se importariam em me machucar e me espremer contra o ferro do ônibus. Também não podia supor que me segurariam a cabeça e enfiariam suas parte íntimas no meu rosto como também quem poderia pensar que eu teria que me abaixar , curvando-me quase até o chão, sem ar para respirar só para não ferir meu rosto?

Neste interim o motorista se irrita pela demora e decide fechar a porta, o que força as pessoas a me empurrarem mais ainda. Uma última mulher, desesperada para subir, coloca a mão pelo meio das pessoas, alcança minha cabeça e a segura. E o motorista fechando a porta, e o braço da mulher preso, e ela gritando: está me machucando, está me machucanco P*! Mas o motorista fechou a porta assim mesmo, ela conseguiu, nem sei como, colocar o braço para dentro e só ficou com a bolsa presa. E começou o desespero. Não o meu, é claro, porque eu já estava desesperada. Mas as pessoas começaram a gritar (porque o motorista ainda parou em outro ponto) e eu não tinha como respirar nem me mexer. Estava toda descabelada.

Então os ecos dos gritos chegaram até lá na frente para que o motorista abrisse a porta para a mulher se soltar. Ele abriu antes ainda de chegar no ponto, com o ônibus em movimento, e a mulher começou a xingar o motorista. Quando ele abriu a porta eu pensei: É agora! Empurrei todo mundo e pulei para fora, não conseguia pegar minha pasta (eu estava sentada em cima dela) me estiquei, consegui alcançá-la e sai daquilo tudo, aliviada por que algo mais grave não aconteceu.

É claro que não passou outro ônibus vazio, todos estavam daquela maneira. Peguei um outro ônibus, resolvi ir de Catamarã. Fui até a praça XV e peguei outro para Botafogo.

Se eu já estava com dor de cabeça, agora então. Estou mau-humorada (se bem que quando escrevi isso fiquei rindo de mim, descabelada, com uma B* na cara e uma bolsa na cabeça)

Um comentário:

Anônimo disse...

hahahahahahahahahaha...so tive como rir demais....vc e mt engraçada!!pude compreender essa b*..tb fui esmagado por uma essa semana...e a mulher ainda ria e falava..."ai meu D'us..eu estou esmagando o garoto aki"!!
aieiuahiae...mt comedia!!